Informações históricas retiradas dos boletins de família
Pelo Padre António
José Lopes da Luz - inícios do século XX
Bol. 1 – Por este tempo, até ao
ano de 1560, não se declara nos assentos de casamento as filiações dos
nubentes, nem até ao ano de 1780 se declara nos assentos de baptismo os avós
paternos e maternos dos baptizados.
Bol. 89 – Gonçalo de Sousa e
Águeda Rodrigues fizeram testamento em 1649, deixando à confraria de Nossa
Senhora das Candeias a propriedade de sete alqueires de terra sita na Lomba dos
Ginetes, e que se acha aforada por 46 alqueires de trigo em cada ano. E onerado
este foro com um legado pio.
Bol. 239 – Tomé Gonçalves e Ana
do Amaral fizeram testamento de mão comum deixando à Confraria de Nossa Senhora
dos Rosário um alqueire de terra e nela situada uma casa na Lomba d’Água.
(Casou este casal em 4/9/1669, tendo ele nascido em 1643 e ela em 1638. Deste
modo, podemos dizer, que estes devem ter falecido por volta dos finais do mesmo
século ou princípio do outro, e daí deduzimos, que esta confraria já existia em
finais do século XVII e ou princípio do XVIII. Podemos ainda verificar, que
nesta época já a nossa igreja possuía a imagem de Nossa Senhora do Rosário.
Bol. 362 – A treze de Janeiro de
1699, esteve de visita a esta Igreja o Bispo D. António Vieira Leitão, que
lavrou um novo modelo no livro de baptismos daquele ano para os respectivos
assentos de baptismo e crismou 199 pessoas. Encontra-se estas declarações e os
nomes das pessoas crismadas a folhas 48 do livro de baptismos daquele ano.
Bol. 383 – Foi baptizado na
Igreja de Feteiras, Tomé, nascido a 18 de Dezembro de 1713 e baptizado a 22 do
mesmo mês e ano, filho de Inácio Raposo e de Maria de Sousa, neto paterno de
Manuel Raposo e de Ana de Sousa, neto materno de Manuel de Sousa Conde e de
Maria Raposa, por se achar naquela freguesia a maior parte do povo de
Candelária por causa dos tremores de terra, que se deram naquele mês e ano. Era
Cura Manuel de Sousa Braga.
Bol. 560 – Francisco Pavão filho
de Manuel Pavão e de Maria Martins, casado a 8 de Novembro de 1732 com Maria de
Sousa Benavides, filha de Manuel Gonçalves e de Luzia Benavides, fizeram
testamento de mão comum deixando ¾ e 35 varas de terra a São Miguel com
obrigação de uma missa e o resto do rendimento para se gastar em cera no dia da
festa do mesmo arcanjo. Encontra-se esta declaração nos respectivos assentos de
seus óbitos. Ambos faleceram em 1759, o que podemos deduzir que já nesta altura
existia a Confraria dos Santos, na qual se insere São Miguel Arcanjo. Por esta
nota podemos verificar, que a igreja já possuía a imagem de São Miguel.
Bol. 610 – Manuel Barbosa Muniz e
Maria d’Amaral, ele falecido a 24 de Dezembro de 1740 e ela a 8 de Fevereiro de
1751, deixaram em testamento de mão comum um alqueire de terra à confraria das
almas com a obrigação de uma missa rezada e dois responsos cantados no dia das
almas e mais deixou a mulher a sua casa e quintal à Confraria do Rosário com a
obrigação de uma missa e um responso no dia das almas. Encontram-se estas
declarações nos respectivos assentos de óbito. Verifica-se que a estas datas de
óbito já existiam as Confrarias das Almas e do Rosário.
Mais se informa, que a
propriedade de Nossa Senhora do Rosário é situada na Lomba d’Água e nela morava
em 1896 José Jacinto de Araújo.
Bol. 615 – Faleceram no estado de
solteiras, sendo herdeiro delas o seu sobrinho Padre António de Sousa Pavão,
com os seguintes nomes e idades: Bárbara de Santo António com 62 anos; Úrsula
de São João com 90 anos e Guitéria da Ascensão com 80 anos. Moravam no Lugar do
Socorro e foram sepultadas na ermida do mesmo lugar.
Bol. 714 – Consta do assento de
óbito de José de Viveiros, que fez seu testamento, deixando à confraria de
Nossa Senhora do Rosário dois alqueires, uma quarta e dezoito varas de terra
sito ao Pico deste lugar, dividida em duas partes com a obrigação de uma missa
perpétua por sua alma no dia próprio da solenidade de Nossa Senhora do Rosário.
Deixou mais cinco quartas e um
oitavo de terra sita na Lomba do Socorro à Confraria das Almas com a obrigação
de três responsos cantados no aniversário das almas, sendo um por sua alma,
outro por seus pais e outro por seus tios.
Deixou mais cinco quartas de
terra à Irmandade do Espírito Santo do Império do Pico e na falta da dita
irmandade à Confraria de Nossa Senhora do Rosário, com a obrigação de uma missa
no oitavário da festa do Espírito Santo.
Bol. 719 – Manuel Moreira e Maria
da Conceição eram habitantes de Ginetes, mas achavam-se refugiados na Ermida do
Socorro, isto por volta do nascimento da filha Maria em 30 de Novembro de 1757
e baptizada a 4 de Dezembro de 1757 e quando tomaram uma exposta de nome Isabel
nascida a 12 de Maio de 1759 e baptizada a 15 de Maio de 1759.
Bol. 799 – Cipriana era natural
de Luanda e escrava de Úrsula de São João, irmã do Alferes João de Sousa Pavão
e tia do Vigário António de Sousa Pavão. Esta senhora teve três filhos: José,
nascido a 1 de Março de 1767 e baptizado a 5 de Março de 1767, Leonarda nascida
a 8 de Fevereiro de 1769 e baptizada a 13 de Fevereiro de 1769 e Luís nascido a
27 de Março de 1792 e baptizada a 1 de Abril de 1792.
Bol. 1015 – José Jacôme Carreiro
filho de João Carreiro e de Bárbara da Trindade, naturais de Ginetes, foi
tesoureiro da Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Candeias até mais ou menos
ao ano de 1789, ano em que faleceu.
Bol. 1097 – Padre António de
Sousa Pavão, natural de Candelária, filho do Alferes João de Sousa Pavão e de
Maria da Conceição, foi vigário da Igreja Paroquial de Nossa Senhora das
Candeias e morava no Socorro.
Bol. 1176 – Duarte Cordeiro, natural de Ginetes, casado a 27 de
Agosto de 1820 com Leonor Antónia Joaquina, falecido a 17 de Dezembro de 1829,
não se enterrou em lugar sagrado, veja-se os motivos no assento de óbito ou
melhor ainda no livro do tombo a propriedade da Confraria das Almas no ano de
1828.
Bol. 1235 – Náufragos do iate:
“Fortaleza”, freguesia de Monte Serrate, Viana do Catelo; deu-se o sinistro a 4
de Setembro de 1828 nas proximidades da Grota do Cerrado e foram todos
sepultados na Ermida de Nossa Senhora do Socorro.
Nomes dos náufragos:
Pedro da Mota Ribeiro (capitão),
casado, 40 anos;
Fernando Mota Ribeiro, solteiro,
20 anos;
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